Resumo:
Critica a visão reducionista da política como uma mera competição esportiva, destacando que muitos eleitores optam por partidos como o Partido Libertador apenas por considerarem sua vitória improvável. Essa mentalidade, segundo ele, subestima o verdadeiro propósito da política, que deve ser voltado para o bem comum e não apenas para interesses pessoais ou apostas em candidatos. Defende uma mudança nesse conceito, enfatizando que a sorte da democracia fica comprometida enquanto a política for encarada como um jogo. Contudo, observa um despertar da consciência cívica entre os cidadãos, evidenciado pelo aumento da votação recebida pelo Partido Libertador nas últimas eleições, desafiando a ideia de que esse partido está destinado ao fracasso. Embora o partido tenha tido pouco acesso ao governo, ele contribuiu significativamente para mudanças importantes, como a substituição da carta ditatorial de 14 de julho por uma constituição democrática e a implementação do voto secreto. Conclui que a conquista do governo deve ser vista como um meio para alcançar objetivos mais amplos, e não como um fim em si mesmo.