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Argumenta que o problema fundamental do Brasil é de natureza política, destacando que não pode haver um bom governo sem um bom instrumento de governo. Critica a visão simplista que atribui a culpa dos maus governos à incapacidade dos governantes e ao suposto inaptidão dos brasileiros para a democracia. Afirma que a verdadeira questão reside no processo de escolha e investidura dos governantes. Defende a superioridade do regime parlamentar em comparação ao presidencial, onde os ministros são irresponsáveis e dependem das vontades do presidente. No parlamentarismo, o gabinete deve conquistar a confiança do parlamento, o que favorece a seleção de líderes mais capazes e prestigiosos. Observa que o parlamento funciona como uma escola de estadistas, enquanto no sistema presidencial, as decisões ocorrem no palácio do presidente, reduzindo as oportunidades de debates e a formação de líderes competentes. Assim, a falta de líderes capacitados no Brasil não é apenas um problema individual, mas um reflexo das deficiências do sistema político em vigor, que perpetua a mediocridade. |
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