Resumo:
Argumenta que a Terceira República brasileira está em um estado de degradação acentuada, mais deteriorada em apenas dois anos do que a Primeira República após quarenta anos. Destaca que o sistema de governo está sendo amplamente discutido no Parlamento e na imprensa, especialmente após a derrota do parlamentarismo em 1946, quando a Constituição foi elaborada. Diante de um governo que não atende às necessidades da população, surge a vontade de revisar a Constituição para implementar um sistema de governo mais coletivo e responsável. Enfatiza que não é apenas o Partido Libertador que defende o parlamentarismo; outros partidos, como a UDN, também estão se unindo a essa causa. Mais de cem parlamentares estão dispostos a desafiar o presidencialismo, que historicamente levou a crises e ineficiência. O movimento na UDN é significativo, com líderes como Ferreira de Souza e Prado Kelly advogando pela adoção de um governo de gabinete. Ao final, defende que a UDN deve cumprir sua missão de construir uma democracia sólida, pois, embora a ditadura tenha sido superada, a verdadeira democracia ainda precisa ser estabelecida. Acredita que a transição para o parlamentarismo é inevitável para evitar uma nova crise na política brasileira.