Resumo:
Aborda a figura de Francisco Miranda, um importante propagandista da República, recentemente falecido. O descreve como um dos últimos defensores autênticos dos ideais republicanos, destacando sua sinceridade e caráter. Cita Silveira Martins, que mencionou a falta de republicanismo verdadeiro entre os republicanos, algo do qual Miranda estava isento. Nascido em São Borja, no Rio Grande do Sul, Miranda foi ativo na Câmara Municipal durante a transição da monarquia para a República, opôs-se à ditadura e se envolveu na luta pela liberdade. Pela sua atuação no jornalismo, adotando o pseudônimo de Lídia de Cascais Manhães, ele expressou sua crítica à vida pública do país por meio de crônicas, utilizando ironia, mas sem cair no sarcasmo. Embora tenha sido inicialmente um defensor do presidencialismo, Miranda se tornou um parlamentarista, o que, segundo Pilla, demonstra sua genuína adesão aos princípios democráticos. Ele morreu em condições modestas, simbolizando a dignidade e o comprometimento de um verdadeiro republicano em sua época. O texto celebra a memória de Miranda como um exemplo de integridade na política.