Resumo:
Critica a rejeição do projeto que propunha a supressão da Polícia Especial, um símbolo de um regime opressivo. Apesar da afirmação de um novo governo democrático, a polícia sobrevive como um resquício da ditadura, consolidando seu poder após a votação na Câmara. Observa que, embora a existência da Polícia Especial seja lamentável, sua extinção ou manutenção não resolve a questão da violência institucional. Argumenta que a corporação é apenas um instrumento do poder público, cuja utilização depende da mentalidade do governo em exercício. Se os governantes forem irresponsáveis, como muitos o são, a violência não diminuirá; ao invés da Polícia Especial, poderão usar a Polícia Militar, Civil e outros órgãos para oprimir os cidadãos. Assim, conclui que o problema é mais profundo, ligado ao próprio regime de governo e à sua disposição de respeitar os direitos dos cidadãos. Com um governo que respeite esses direitos, qualquer polícia poderia ser um instrumento de ordem e liberdade, mas em um contexto de arbitrariedade, a polícia se torna uma ferramenta de opressão. Portanto, a mudança necessária vai além da simples reforma policial.