Resumo:
Critica a aprovação pelo Congresso de um projeto que aumenta o subsídio dos congressistas de forma excessiva. Ressalta que, independentemente da possível reversão da decisão pelo Senado, a Câmara dos Deputados é responsável por essa deliberação, que compromete as instituições representativas. Aponta que a responsabilidade não é homogênea; embora a Câmara seja culpada, essa culpa recai sobre uma maioria orgânica, especialmente o partido do governo, que impulsionou a iniciativa. Menciona que, apesar de alguns membros de outros partidos apoiarem a proposta e outros do partido de governo se oporem, a ação foi predominantemente uma iniciativa do PSD. Destaca a influência do presidente da República na questão, afirmando que, embora não tenha um papel constitucional direto, ele procurou influenciar indiretamente a decisão. O presidente não buscou impedir o aumento do subsídio, mas incentivou a posição de seus correligionários. Assim, a maior responsabilidade recai sobre o partido que apoiou o projeto, mas também sobre o presidente, que não agiu para evitar tal ato, evidenciando uma falha crítica nas instituições democráticas em 1937.