Resumo:
Critica a decisão do Presidente da República de não sancionar o orçamento e devolvê-lo ao Congresso. Argumenta que tal ato reflete a fragilidade do regime presidencialista, que permite essa separação entre o Poder Executivo e o Legislativo. No sistema parlamentar, o governo está presente durante a elaboração do orçamento, evitando a situação absurda de um governo obrigado a seguir um orçamento que rejeita. Vê a ação do Presidente como uma condenação não apenas do regime, mas também da própria incapacidade do governo em lidar com a maioria esmagadora que possui no Congresso. Apesar de ter representantes autorizados na Câmara e no Senado, o governo se mostra ausente e indiferente na elaboração orçamentária. Sugere que a verdadeira intenção por trás dessa devolução é culpar o Congresso pelos desacertos financeiros, alimentando um clima de desmoralização das instituições representativas. Conclui alertando a opinião pública e os congressistas sobre os perigos desse comportamento, que pode ser visto como uma conspiração contra a democracia representativa.