Resumo:
Aborda a convocação extraordinária do Congresso pelo Presidente Eurico Dutra é analisada criticamente. Questiona a utilidade dessa convocação, que, segundo ele, apenas resultará em uma "sangria" dos cofres públicos, sem trazer benefícios reais para a administração do país. O foco da convocação é o plano Salte, que, na visão do autor, perdeu relevância e é desacreditado até pelos próprios congressistas. Sugere que a verdadeira função dessa convocação é justificar acordos interpartidários, ao invés de solucionar problemas administrativos. Enfatiza que um mês de trabalho intenso não será suficiente para que o Congresso se manifeste sobre um assunto tão complexo, e é provável que a sessão extraordinária termine sem uma conclusão. Critica a desmoralização do Parlamento, que se tornou visto como uma entidade inútil e dispendiosa. Ressalta que a responsabilidade por essa convocação improfícua recai sobre o Presidente, que não pode alegar ignorância sobre as consequências dessa decisão. Conclui que reconsiderar a convocação seria uma demonstração de astúcia, ressaltando que prometer e não cumprir não é o maior dos pecados na política.