Resumo:
Analisa a dissolução da Assembleia Constituinte do Império, ressaltando que, apesar da força exercida pelo Imperador D. Pedro I, a Assembleia nunca perdeu seu sentimento de dignidade e moralidade. Destaca um episódio em que o ministro do Império, Francisco Vilela Barbosa, foi chamado a esclarecer o espancamento de um cidadão. Durante a sessão, Barbosa, mesmo sob ameaça, demonstrou a superioridade moral da Assembleia, que se posicionou como um verdadeiro órgão de representação popular, em contraste com a passividade dos representantes atuais, que se sentem honrados ao prestar homenagens ao chefe do Poder Executivo. Observa que essa mudança de postura levou à formação de congressos "acomodados e dóceis," que foram facilmente dissolvidos por revoluções e golpes. A dissolução da Assembleia Constituinte foi seguida rapidamente por novas eleições, enquanto a passividade dos congressos posteriores resultou em longos períodos sem representação popular. Conclui que a lição da história é que, embora a dissolução seja grave, a aceitação passiva da opressão é ainda mais preocupante, pois traz consequências duradouras.