Resumo:
Discute a fragilidade dos partidos políticos no Brasil, considerando-os entidades artificiais e precárias, cuja resistência é questionada diante da iminente campanha sucessória. Argumenta que, apesar da Constituição garantir a existência dos partidos, estes enfrentam contradições internas que comprometem sua eficácia. Observa que, historicamente, o Presidente da República exerce uma influência decisiva na escolha de seu sucessor, desvirtuando a função dos partidos, que se tornam subservientes ao poder executivo. Critica a perpetuação da "política dos governadores", onde os interesses estaduais prevalecem sobre a unidade nacional, o que fragmenta os partidos e mina sua capacidade de atuar como verdadeiras representações da opinião pública. Lamenta que, após décadas de luta por reformas, o país continua preso a um regime que favorece a hipertrofia do Executivo, dificultando a formação de partidos robustos e eficazes. Para ele, a solução reside na substituição do regime presidencialista pelo parlamentarista, que possibilitaria uma relação mais direta entre partidos e opinião pública, fortalecendo a democracia representativa. Conclui que a reforma é urgente e necessária para evitar crises que possam comprometer as instituições democráticas, enfatizando a importância de uma estrutura política que permita aos partidos prosperar e representar efetivamente os cidadãos.