Resumo:
Critica contundentemente o presidencialismo no Brasil, afirmando que, apesar da falência do sistema, sempre haverá defensores do modelo. Destaca que a discussão sobre o assunto requer um profundo conhecimento e boa-fé, questionando a competência de um autor que defende a "Medicina Parlamentarista", considerando o parlamentarismo como um regime "estéril" e instável. Argumenta que esse período, que durou cerca de quarenta anos, foi um dos mais respeitados da história política brasileira, levando o país a se tornar uma democracia exemplar na América Latina. Contesta a invocação de Rui Barbosa para criticar a eleição do Presidente da República pelo Congresso, enfatizando que Rui apenas apontou a incompatibilidade do governo de gabinete com um presidente eleito diretamente pelo povo. A crítica central é que a condenação não se aplica à prática da eleição presidencial em si, mas à tentativa de mesclar essa prática com o sistema parlamentar. Assim, conclui que o que se deve defender é o regime parlamentar puro, desconsiderando as distorções que surgem ao tentar combinar os dois sistemas. Propõe uma reflexão sobre a necessidade de clareza nas discussões políticas e sobre a importância de entender as diferenças entre as instituições e os regimes políticos no Brasil.