Resumo:
Critica um articulista do "Correio da Manhã" que se opõe ao parlamentarismo em nome da democracia. Considera que a crítica à "Medicina Parlamentarista" demonstra uma falta de clareza sobre o conceito de democracia e suas implicações. O articulista alega que o parlamentarismo fere a essência da democracia ao retirar do povo o direito ao sufrágio direto para a presidência, o que, segundo ele, ofende a dignidade cívica do cidadão. Pilla rebate essa ideia, enfatizando que a democracia não se resume apenas ao voto popular, citando exemplos históricos de regimes autoritários que também foram eleitos democraticamente, como o fascismo e o nazismo. Para ele, o verdadeiro governo do povo é realizado por meio do parlamentarismo, onde a opinião pública é central. Argumenta que, no sistema parlamentar, o presidente atua mais como um magistrado imparcial do que como o chefe do governo. Sugere que a crítica ao parlamentarismo deve focar nas peculiaridades culturais do Brasil, e não na suposta falta de democracia do sistema.