Resumo:
Discute a condenação do cardeal Mindszenty, destacando que este não é um evento isolado, mas parte de um retrocesso mais amplo nas liberdades, exacerbado pelo comunismo. Compara este período sombrio à época anterior, quando as liberdades estavam em ascensão e a opinião era um direito respeitado. Observa que, embora as perseguições religiosas, especialmente contra a Igreja Católica, sejam graves, o maior perigo reside na invasão da esfera espiritual pelos ditadores de direita, que utilizam a religião para legitimar seu poder. Menciona exemplos, como o decreto do governo pré-peronista na Argentina, que conferiu a Nossa Senhora a patente de generala, e o decreto de Franco que transforma o Arcanjo Gabriel em protetor dos diplomatas espanhóis. Argumenta que essas ações não constituem perseguições no sentido clássico, mas uma exploração do sentimento religioso, representando um sacrilégio ao submeter as potestades celestes ao poder temporal. Critica a falta de percepção dos fiéis diante dessa intrusão, sugerindo que isso enfraquece a verdadeira essência da espiritualidade da Igreja.