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Critica a postura do presidente Eurico Gaspar Dutra, que, segundo ele, demonstrou a intenção de controlar a sucessão presidencial, decidindo não apenas sobre seus aliados, mas também sobre seus possíveis substitutos. Observa que, no sistema presidencialista vigente, a presidência funciona quase como uma ditadura, com o presidente, uma vez eleito, assumindo um poder absoluto sobre o país. Embora isso seja compreensível durante o exercício do mandato, o que considera excessivo é a tentativa de Dutra prolongar seu poder ao determinar quem o sucederá. Para ele, tal atitude compromete a essência democrática do sistema, já que retira do povo o direito de eleger livremente seu próximo presidente, substituindo a vontade popular pela decisão de um único indivíduo. Explica que a razão para essa ingerência presidencial na sucessão está na natureza do regime, que, pela sua irresponsabilidade, exige que o presidente escolha um sucessor que preserve seus interesses e "esqueça" seus desmandos. Esse desejo de garantir impunidade através de um sucessor cúmplice é uma característica da política brasileira, segundo o autor, que vê esse comportamento como um retrocesso à democracia. |
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