Resumo:
Discute a eleição no regime democrático, argumentando que não deve ser conduzida por emoções, mas sim por reflexão. O Brasil foi profundamente abalado pelo suicídio de Getúlio Vargas, evento que gerou confusão e disseminação de versões contraditórias. Em Porto Alegre, chegou-se a difundir a ideia de que Vargas teria sido assassinado, o que resultou em atos de violência. Critica a tentativa de culpar a oposição pelo ocorrido, afirmando que a renúncia era uma alternativa política legítima e que o suicídio de Vargas teve motivações pessoais e familiares, como apontado por Gustavo Capanema. Segundo ele, o ex-presidente enfrentava uma crise moral dentro do próprio círculo íntimo, enquanto as pressões políticas poderiam ser resolvidas por meio da renúncia ou resistência. Diante dessa situação, defende que uma eleição imediata não seria adequada, pois o contexto ainda está carregado de paixão e instabilidade. Propõe que se aguarde um reajuste político, iniciado em Pernambuco sob a liderança de Cordeiro de Farias. Para ele, o adiamento do pleito seria uma medida prudente e alinhada aos princípios da democracia, respeitando as condições estabelecidas pela Constituição.