Resumo:
Aborda a crise de autoridade que o Brasil enfrenta, destacando que, muitas vezes, a autoridade é mal utilizada ou mal interpretada. Não sugere que falte autoridade, mas sim que há excesso de autoritarismo em alguns casos e uma falta de discernimento em outros. Ele ilustra essa crise com um exemplo vivido por um cidadão, o sr. Armando do Oliveira Assis, que, ao retornar de uma missão na Europa, foi submetido a um tratamento humilhante por parte da alfândega no aeroporto do Galeão. Apesar de ser um funcionário de alto cargo e portar um passaporte especial, Armando foi tratado como um suspeito de contrabando. Suas malas foram revistadas de forma agressiva, e objetos pessoais, como perfumes e um pijama, foram confiscados. A fiscalização, que deveria ser realizada de maneira rigorosa e justa, foi, nesse caso, desproporcional e desrespeitosa. Pilla critica o comportamento de alguns funcionários públicos, como o guarda Mozart, e argumenta que, embora a fiscalização seja necessária, ela deve ser realizada com urbanidade e respeito pelos cidadãos. O episódio é visto por Pilla como um reflexo claro da crise de autoridade, onde o uso indevido do poder gera desconfiança e revolta, prejudicando a relação entre o Estado e os cidadãos.