Resumo:
Aborda as frequentes crises ministeriais na França, destacando a recente crise que culminou na investidura de René Pleven como presidente do Conselho, com 381 votos contra 102. Observa que essas crises, especialmente quando duram semanas, costumam ser vistas como catastróficas, o que gera um alarmismo contra o sistema parlamentar. Contudo, ele argumenta que há uma confusão entre governo e administração, duas coisas distintas. Segundo Pilla, o governo é responsável por traçar a política do país e definir seu rumo, enquanto a administração é a máquina do Estado que executa essa política, com base em orçamentos e leis pré-estabelecidos. Assim, quando um gabinete cai, a administração continua funcionando normalmente, pois a política pública definida anteriormente permanece em vigor até que um novo gabinete assuma e estabeleça novas direções. Destaca que, se não fosse anunciado pela mídia, nem os cidadãos nem os estrangeiros perceberiam a crise ministerial, pois os serviços públicos continuariam operando. Também reflete sobre o sistema presidencial, afirmando que ele também pode ter períodos longos sem governo, com a administração funcionando da mesma forma. Conclui que, embora as crises ministeriais tenham seus inconvenientes, elas não são tão graves quanto frequentemente imaginado, uma vez que governo e administração são processos diferentes.