Resumo:
Discute a crescente conspiração contra as instituições representativas no Brasil, em um momento de forte crítica ao Congresso, especialmente por meios de comunicação aliados ao governo de Getúlio Vargas. Embora o Congresso tenha uma maioria esmagadora a favor do governo, ele é acusado de retardar e dificultar a aprovação de leis essenciais para o cumprimento das promessas eleitorais feitas por Vargas. Destaca que, mesmo com a falta de eficiência do governo, a crítica não deve ser direcionada ao Congresso como instituição, mas sim à composição e ao comportamento de seus membros, que podem ser substituídos nas próximas eleições. Ele argumenta que, apesar das falhas, o Congresso não deve ser destruído, pois a alternativa seria o autoritarismo, como no caso de uma ditadura. Também reflete sobre a natureza do voto dado a Vargas, que, apesar de ter sido o mais votado, não teve um apoio total da população, com muitos eleitores votando contra a democracia. A crítica à política de Getúlio Vargas é que ela tem criado um ambiente em que a oposição ao Congresso e à democracia tem ganhado força, alimentando uma concepção de que as instituições representativas são ineficazes. Defende a importância de se preservar as instituições, como o Congresso, e de buscar uma reforma mais construtiva e democrática, ao invés de sucumbir a uma solução autoritária.