Resumo:
Critica os projetos intervencionistas do governo de Getúlio Vargas, destacando a sua inconstitucionalidade e os perigos que eles representam para a economia e para a democracia. Embora algumas partes das propostas tenham sido modificadas pela oposição, o núcleo essencial da legislação foi mantido, concedendo ao governo o poder de desorganizar ainda mais a economia do país e de reforçar a ditadura do Poder Executivo, característica do sistema presidencialista. Argumenta que, se o governo realmente quisesse combater a carestia e a especulação, o caminho seria aumentar a produção e melhorar o transporte. No entanto, Getúlio Vargas, em vez de adotar medidas administrativas ordinárias, recorre a leis excepcionais que suspenderiam a Constituição e aprofundariam a ditadura política e econômica. O governo, segundo ele, busca dar a impressão de que está fazendo tudo o que é possível para resolver os problemas, quando, na realidade, a intervenção é uma manobra para manter o controle político. O projeto de intervenção econômica, que prevê um prazo indeterminado, é visto como uma tentativa de garantir ao governo poder absoluto sobre a economia por um longo período, sem as limitações de um prazo específico. Vê isso como uma tentativa clara de fortalecer a ditadura política e econômica, mantendo o controle total sobre as atividades comerciais e, eventualmente, até sobre a liberdade de pensamento no país.