Resumo:
Faz uma análise crítica sobre as políticas de Getúlio Vargas em relação aos trabalhadores e à economia brasileira. Embora reconheça o mérito do governo na criação de uma legislação social, como a CLT, Pilla argumenta que, no entanto, as boas leis não se traduzem necessariamente em bem-estar para os trabalhadores. Aponta que, apesar das reformas, o custo de vida continuou a subir e os benefícios das leis foram gradualmente anulados pela má gestão do governo. A economia brasileira, sob Vargas, foi marcada pela escassez de produtos essenciais e pela elevação dos preços, enquanto as reformas implementadas, como os institutos de produção, favoreciam monopólios e grupos privilegiados, em vez de beneficiar o trabalhador comum. Além disso, critica a política econômica de Vargas, que, ao invés de estimular a produção, criou um sistema de proteção à indústria ineficaz e parasitária, o que agravou a inflação e o aumento do custo de vida. A abundante burocracia e o direcionamento de recursos para obras suntuosas, em vez de para a produção, também são apontados como fatores que contribuíram para o empobrecimento da população. Conclui que, apesar das legislações voltadas para o trabalhador, a ineficácia do governo e sua gestão equivocada dos recursos resultaram na falha das políticas sociais, prejudicando a qualidade de vida da população.