Resumo:
Reflete sobre a transição do Brasil de uma nação liberal para uma trajetória reacionária a partir de 1930, marcando uma mudança significativa nas políticas do país. Durante o Império e a Primeira República, o Brasil era amplamente liberal, até mesmo em sua abordagem de relações internacionais e direitos dos estrangeiros. No entanto, com a Revolução de 1930, o governo brasileiro adotou uma postura reacionária, estabelecendo práticas discriminatórias, em clara contradição com a tradição liberal que havia caracterizado o país. Critica as políticas de discriminação racial implementadas após 1930, que restringiram a entrada de imigrantes, especialmente judeus, e criaram barreiras para pessoas de cor em diversas áreas, incluindo emprego e educação. Um exemplo citado é a atuação do Conselho Nacional de Colonização e Imigração, que continuava a barrar a entrada de judeus, mesmo após a revogação oficial dessa política pelo presidente Getúlio Vargas. Questiona se a revogação foi uma ação genuína do governo ou apenas uma formalidade que foi desrespeitada por funcionários públicos. Aponta que, apesar da vitória de uma revolução que deveria ter fortalecido o liberalismo no Brasil, o país viu o declínio desse ideal e o fortalecimento de políticas discriminatórias. Conclui lamentando a contradição entre as promessas do governo e a realidade das práticas adotadas, pedindo uma maior vigilância sobre essas questões.