Resumo:
Critica o reconhecimento do governo de Fulgêncio Batista pelos Estados Unidos, destacando a rapidez com que o governo norte-americano se alinhou com essa decisão, após outras nações latino-americanas, como a República Dominicana, o terem feito. Pilla aponta que, do ponto de vista dos Estados Unidos, a escolha por regimes autoritários em países latino-americanos poderia ser justificada pela percepção de que essas nações não suportam outro tipo de governo senão o da força. Nesse contexto, o reconhecimento de Batista é visto como um golpe contra os democratas cubanos, reforçando o apoio dos Estados Unidos a regimes ditatoriais na região, desde que estejam alinhados com seus interesses. Lamenta, no entanto, que o Brasil tenha apressado sua própria adesão a essa política, antecipando-se aos Estados Unidos e solidificando a ditadura em Cuba. Questiona a razão dessa pressa, sugerindo que o Brasil, ao se alinhar com os Estados Unidos nesse reconhecimento, poderia estar contribuindo para criar e reforçar o precedente de apoiar ditaduras em nome de interesses estratégicos. Para Pilla, essa ação é um triste reflexo da política externa brasileira, que parece priorizar o alinhamento com potências estrangeiras em detrimento dos princípios democráticos.