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Critica a visão de Pedro Dantas sobre a crise política que culminou no suicídio de Getúlio Vargas, defendendo a tese de que o presidencialismo não é o responsável pela crise, mas sim um fator que a agravou. Destaca que as crises políticas têm causas variadas, como econômicas, sociais e morais, e que um sistema de governo pode favorecer ou agravar essas crises. Argumenta que o presidencialismo, em particular, não tem mecanismos eficientes para impedir ou resolver uma crise, o que resultou em abusos durante o governo Vargas e em uma reação impotente do Congresso. A crítica central é a ausência de um sistema que permita ao Congresso influenciar a constituição do governo e prevenir os abusos que levaram ao desastre. Afirma que, no parlamentarismo, a partilha de poder entre o presidente e o Conselho de Ministros, juntamente com o mecanismo de votos de confiança, teria evitado a crise. Mesmo que o episódio trágico de Toneleros ainda ocorresse, a queda do ministério teria resolvido naturalmente a situação. Destaca que, no sistema presidencial, o impeachment, que deveria ser uma ferramenta para lidar com crises, falhou em ser eficaz, confirmando a crítica de Ruy Barbosa de que o impeachment é um "canhão de papel". Conclui que a crise foi, sim, do presidencialismo, e que a intervenção das Forças Armadas, para Pedro Dantas, seria parte do mecanismo presidencialista de governo. |
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