Resumo:
Discute a corrupção eleitoral, que ele considera o maior mal político da época. Ele observa que, embora a legislação eleitoral tenha falhas, ela não é a única causa da corrupção. A principal razão reside em fatores sociais e econômicos, como a miséria do eleitorado, que vende seus votos por necessidade, e a falta de consciência cívica, em que muitos eleitores não se importam com o candidato ou partido. Esses fatores criam um ambiente favorável à corrupção, e, enquanto a reforma da lei eleitoral é necessária, Pilla destaca que ela não resolverá o problema sem tratar as causas sociais e políticas subjacentes. Critica o voto pessoal, que permite aos candidatos comprar votos diretamente. Para Pilla, a solução seria limitar o voto à legenda ou sublegenda partidária, o que reduziria o interesse dos candidatos em comprar votos. Ele também se opõe à ideia de criar círculos eleitorais de um único candidato, argumentando que isso prejudicaria a representação proporcional e enfraqueceria os partidos políticos, que atualmente são apenas organizações eleitorais. Em vez de simplificar, essas propostas poderiam agravar o problema. Em resumo, Pilla defende que a corrupção eleitoral é um fenômeno complexo que exige uma abordagem abrangente, levando em consideração não apenas a legislação, mas também as condições sociais e econômicas que a alimentam.