Resumo:
O Partido Libertador, sob a liderança de Raul Pilla, traçou um programa claro para as lutas políticas de 1955, baseado em princípios e tradição. No campo político, sua principal tarefa continua sendo a luta pela reforma parlamentarista, considerada cada vez mais urgente pelos eventos do momento. Quanto à eleição presidencial, o partido ainda não definiu um candidato, mas enfatiza que só dará seu apoio a alguém capaz de promover uma renovação moral, política e administrativa no país, que está em ruínas. A vitória, para o partido, não deve ser apenas uma questão de vencer as eleições, mas de restaurar o país. Na questão econômica, o Partido Libertador condena a intervenção excessiva do Estado, defendendo que a função estatal deve se restringir a orientar, estimular e assistir a produção, sem competir com a iniciativa privada, salvo em questões de economia ou defesa nacionais. O partido se opõe aos mecanismos de controle econômico que têm contribuído para a degradação do país. Quanto ao petróleo, uma questão complexa, o partido ainda não se posicionou de forma definitiva, já que há divergências internas sobre o monopólio do Estado versus a iniciativa privada, regulamentada pelo governo. Em resumo, o Partido Libertador busca um equilíbrio entre a intervenção estatal e a liberdade econômica, enquanto segue firme em seu objetivo de restaurar o país.
