Resumo:
Argumenta que a solução para a grave crise política brasileira é a reforma parlamentarista, uma proposta amadurecida ao longo dos anos, mas que chega no momento certo. A reforma, que será votada na Câmara dos Deputados, visa transformar a caótica situação política do país. Caso seja aprovada por dois terços da Câmara, ela abrirá uma clareira na confusa selva política nacional, embora a decisão final dependa do Senado. A votação na Câmara, embora não conclusiva, ajudará a acalmar paixões e ambições, criando um ambiente mais propício para resolver o problema presidencial. A vitória da reforma eliminará a questão sucessória, transferindo a disputa pelo governo para o Parlamento e não mais para a busca por um poder presidencial excessivo e irresponsável. Com a reforma, o presidente se tornará uma figura cerimonial, e o Congresso será responsável por eleger o chefe do Estado, com funções arbitrais, enquanto a gestão do governo ocorrerá por meio de um programa administrativo discutido no Parlamento. Descreve essa mudança como uma verdadeira revolução, porém simples, realizada por meio de votações na Câmara e no Senado. A grande dificuldade será garantir os dois terços necessários para a aprovação da reforma, o que exige que o Congresso se liberte de interesses pessoais e entenda sua responsabilidade histórica para o futuro do país.