Resumo:
Critica o sistema presidencialista e a eleição popular para a escolha do presidente da República, apontando seus aspectos negativos. Considera que, ao manter o atual sistema, o Brasil se vê forçado a enfrentar os riscos e inconvenientes de um processo eleitoral que, em última instância, não visa escolher o melhor candidato, mas sim o mais capaz de vencer a disputa. Destaca que, ao invés de focar nas qualidades e competências do candidato, os eleitores e líderes partidários acabam escolhendo aqueles com maiores chances de vitória. Isso transforma a eleição em uma competição onde o mais importante é conquistar o poder, e não exercer uma função pública de forma eficiente. Observa que, durante as campanhas eleitorais, o foco é muitas vezes mais na propaganda pessoal do que nas propostas e ideias dos candidatos. A propaganda, impulsionada pelos meios de comunicação modernos, torna-se cada vez mais intensa e dispendiosa, favorecendo o candidato que melhor souber vender sua imagem, e não necessariamente o mais qualificado para o cargo. Critica o que chama de "democracia" baseada nesse sistema, lamentando que, se isso fosse considerado democracia, seria uma forma muito distorcida de governo. Ele sugere que o sistema eleitoral precisa ser repensado para garantir que o melhor líder seja escolhido, e não apenas aquele que consiga vencer a disputa eleitoral.