Resumo:
Discute o conceito de assassinato, particularmente em relação ao tiranicídio, que é a morte de um tirano. Ele afirma que o assassinato é sempre um ato monstruoso, mas reconhece que, em situações de legítima defesa, ele pode ser justificado. A questão crucial que ele levanta é se, em um contexto de opressão, a sociedade tem o direito de matar um tirano para se libertar, considerando que a eliminação de um tirano poderia ser vista como uma forma de defesa contra a tirania. Questiona se o tiranicídio seria proveitoso, reconhecendo que a resposta não é simples e varia dependendo do contexto. Ele utiliza o exemplo da Câmara dos Deputados do Uruguai, que aprovou um voto de louvor ao assassino do presidente Somoza, da Nicarágua, para ilustrar como atos de violência podem ser interpretados de maneira diferente dependendo das circunstâncias políticas. Sugere que essa aprovação foi um protesto contra a política dos Estados Unidos, que, segundo ele, privilegia ditaduras e ignora as democracias do continente. Ele critica a maneira como as nações latino-americanas são tratadas como peças de um jogo político, sem consideração genuína pelos seus direitos e necessidades. Reflete sobre o dilema moral e político do tiranicídio e a hipocrisia das políticas internacionais.