Resumo:
Faz uma crítica à política brasileira e ao sistema de governo adotado desde o início da República. Ele observa que, após três quartos de século de vida republicana, o sistema político nunca funcionou adequadamente e, com o tempo, foi se deteriorando. A degeneração das instituições e costumes do país leva Pilla a questionar como um Estado pode sobreviver sem o instinto básico de auto conservação. Ele critica a política baseada em "nomes providenciais", onde as escolhas políticas são influenciadas por interesses pessoais e partidários, em vez de um movimento coletivo de transformação. O lançamento da candidatura de Jânio Quadros, apoiada por Juarez Távora, é apontado por Pilla como uma confirmação do fracasso do sistema político brasileiro, que se baseia em disputas pessoais e não em reformas estruturais. Ele destaca que, mesmo que o melhor candidato vença, isso não resolverá o problema fundamental, que é o sistema político falho. Para ele, a solução não está na eleição de um grande presidente, mas em um movimento que traga reformas profundas para o país. Alerta para o perigo de que, caso o sistema político atual continue, um grande presidente poderá ser sucedido por alguém contrário aos seus ideais, arrastando o Brasil para a decadência.