Resumo:
Comentou o discurso do General Lott na Confederação Nacional dos Trabalhadores da Indústria, que gerou reações na oposição. Pilla afirmou que as declarações de Lott confirmavam o Manifesto da "Frente de Novembro", o qual não surpreendia, pois estavam em sintonia com o regime imposto pelos golpes de Estado ocorridos naquele mês. Para ele, o papel de Juscelino Kubitschek, embora presidente, era apenas o de manter as aparências constitucionais, sem poder real. Pilla ressaltou que não tudo o que o General Lott disse deveria ser condenado, mas sim as circunstâncias de seu discurso e o objetivo que perseguia. O General, ao se posicionar de forma tão assertiva, parecia visar a sucessão de Getúlio Vargas, utilizando métodos demagógicos semelhantes aos do ex-presidente, mas com maior poder militar e político. Para Pilla, os herdeiros legítimos de Vargas, aqueles que realmente detinham o poder antes de sua morte, estavam apenas recebendo as "migalhas do espólio". Ele concluiu que a situação criada em novembro estava evoluindo de maneira previsível, frustrando as expectativas daqueles que acreditavam em uma possível restauração democrática no Brasil.