Abstract:
Discute a obstrução parlamentar como uma tática legítima e necessária, especialmente quando utilizada pela oposição para conter desmandos de um governo ou de uma maioria prepotente. A obstrução, nesse contexto, é vista não apenas como um direito, mas também como um dever da oposição para proteger os interesses da Nação. Destaca que, quando o governo se mostra errôneo em suas ações, como no aumento excessivo de impostos sobre consumo e combustíveis, a oposição não tem outra alternativa a não ser obstruir para evitar danos à economia e à sociedade. Apesar de críticas à obstrução do orçamento, Pilla argumenta que essa medida é uma defesa do contribuinte, já que o orçamento aprovado poderia resultar em pesados aumentos de impostos. A obstrução também é justificada como uma ação legítima quando a oposição se vê sem outros recursos eficazes, dada a prepotência da maioria governante. Sugere que, sem essa estratégia, a oposição teria que se conformar com a situação, como fez Pilatos com os judeus. Através dessa obstrução, a oposição tenta proteger os estados e cidadãos, mesmo sabendo que, a longo prazo, o maior prejuízo virá da política fiscal agressiva do governo. Encerra enfatizando que, após essa tática, toda a responsabilidade recai sobre o governo e sua maioria.