Abstract:
Expressa, inicialmente, sua oposição à prorrogação dos mandatos e ao privilégio da importação de automóveis para congressistas, considerando essas medidas contrárias aos princípios fundamentais da democracia. No entanto, ele começa a duvidar da ilicitude dessas ações, reconhecendo que os congressistas podem ter uma posição igualmente lógica, embora baseada em fundamentos diferentes dos seus. Pilla se define como adepto de uma concepção clássica da política e da democracia, onde a vida pública é guiada por princípios éticos, distantes de uma visão utilitarista. Critica a visão moderna da política como uma "indústria", onde a vida pública é vista como uma grande empresa cujo objetivo é maximizar lucros, e as ações dos congressistas, nesse contexto, se tornam mais aceitáveis. Considera que a prorrogação dos mandatos e o privilégio dos automóveis podem ser justificados sob essa ótica econômica, uma vez que evitaria grandes despesas e perdas, além de gerar lucro. Contudo, ele ainda se mantém contrário a essas medidas, por manter a sua visão antiga sobre política. Seu receio final é que, ao adotar essa nova concepção de vida pública, as instituições possam desmoronar, levando a uma crise política profunda. Reconhece o direito dos que defendem essa nova visão, mas mantém a sua oposição fundamentada em princípios éticos e tradicionais.