Resumo:
Critica a abordagem de Juscelino Kubitschek como presidente, destacando sua postura extrovertida e excessivamente voltada para o autoelogio, o que considera inadequado para alguém em tão alto cargo. Sugere que o presidente, ao invés de um comportamento equilibrado, adota uma atitude superficial, buscando constantemente se exibir e colocar sua pessoa no centro dos acontecimentos. Para Pilla, o presidente deveria agir de forma mais discreta e centrada nas questões do país, sem fazer da política uma série de performances pessoais. Também destaca a concepção itinerante de Juscelino sobre a função presidencial, argumentando que, embora o conhecimento das diversas regiões do Brasil seja importante, ele não pode ser adquirido de maneira artificial, como se fosse uma inspeção por parte do presidente. Pilla vê isso como uma falha de concepção, pois o papel do presidente é coordenar e inspirar políticas, não se envolver diretamente nos problemas locais de maneira constante. Outro ponto criticado é a menção que Juscelino fez à crise de 1955 em seu discurso de fim de ano, onde o presidente, ao elogiar o ministro da Guerra, fez referência a um golpe de 1955 como se fosse uma ação que salvou a República. Vê essa declaração como uma distorção da verdade histórica e uma tentativa de agradar os responsáveis por esse golpe, prejudicando a pacificação do país.