Resumo:
Discute o futuro da União Democrática Nacional (UDN) e sua posição sobre a adoção do parlamentarismo como sistema de governo. A UDN, tradicionalmente associada ao combate à ditadura, agora enfrenta a necessidade de revisar seu programa, com destaque para a crescente adesão dos parlamentares à ideia de reforma. Uma maioria dentro do partido defende a mudança, enquanto uma minoria, ainda fiel ao presidencialismo, resiste. Pilla critica a atitude de adiar a decisão, sugerindo que um partido comprometido com a democracia não pode se contentar com uma solução simples e passiva. Ele argumenta que, após a queda da ditadura, é imprescindível consolidar a democracia para evitar o retorno a um regime autoritário. Pilla reconhece a falência do sistema presidencialista, que historicamente tem levado a golpes de Estado e ditaduras, e considera que um partido defensor da democracia não pode ignorar esse fato. Destaca que, embora seja compreensível preservar a unidade do partido, isso não pode ser feito à custa da adoção de uma postura imobilista. Pilla defende que a reforma parlamentarista é uma necessidade urgente para o país, que se encontra em um momento crítico. Para ele, a resistência presidencialista dentro da UDN deve se submeter à vontade da maioria parlamentarista, que busca, de forma sincera, a implementação de um sistema de governo mais democrático.