Resumo:
Analisa os fenômenos alarmantes que caracterizam a situação política e social do Brasil, destacando um problema crescente: a desordem promovida por elementos militares, geralmente contra a autoridade civil. Pilla vê essas ações como um sintoma de uma crise mais profunda, que vai além da degradação material e aponta para a espiritual. O autor sugere que o fenômeno revela um renascimento de um "espírito de casta", que há muito tempo havia desaparecido, mas que agora ressurgiu, ameaçando a democracia e a missão constitucional das forças armadas. Para Pilla, o uso das armas não deve ser encarado como um privilégio, mas como um ônus, com restrições claras sobre o que os militares podem ou não fazer. A questão se torna mais grave quando os generais, ao subverterem a ordem civil, servem de exemplo para os soldados e oficiais inferiores, gerando um ciclo de desobediência e subversão. Apesar de Pilla reconhecer que a crise é profunda e sem remédios fáceis, ele aponta uma solução que deve vir das próprias Forças Armadas. Acredita que se as forças armadas não reagirem contra os abusos internos, a nação enfrentará um colapso irreparável.