Resumo:
Raul Pilla comenta sobre o pronunciamento do General Lott e a emenda Ferrari. Ele começa reconhecendo a necessidade e a justiça da emenda, mas critica a postura do General Lott, que não foi consultado previamente sobre a questão, o que considera uma imprudência. No entanto, Pilla observa que, apesar de o Ministro da Guerra não ter vetado a emenda de forma técnica (visto que o veto cabe ao Presidente da República), houve um veto prévio, o que é uma ação não prevista na Constituição. Pilla aponta que a interferência do Ministro da Guerra, ao tentar influenciar as decisões do Congresso, configura um abuso de poder, com a presença de um "super-poder" que já é notado com frequência no país. Ele também reflete sobre a posição do Ministro da Guerra, afirmando que, mesmo que seus argumentos fossem válidos, a forma como foram apresentados coloca em questão a autoridade e soberania do Congresso. O Deputado sugere que, embora o Congresso nem sempre tenha sabido defender sua soberania, é agora um momento crucial para que a Câmara dos Deputados prove sua capacidade de resistir a essa interferência e afirmar sua independência diante do poder executivo.