Resumo:
Discute os desafios e limites das alianças partidárias em contextos eleitorais, com foco na Frente Democrática Riograndense, formada por udenistas, pessedistas e libertadores. Ele defende que, embora tais alianças se justifiquem para eleições majoritárias — como as de governador, senador e suplente — onde é necessária a união para garantir a vitória, o mesmo não deve ocorrer nas eleições proporcionais, como para deputados e vereadores, que têm caráter estritamente partidário. Segundo Pilla, cada partido deve preservar sua identidade e representação proporcional, pois esta é essencial à democracia. Misturar votos entre partidos aliados na eleição legislativa compromete a integridade do sistema político e a própria Constituição, que valoriza o pluralismo partidário. Ele critica veementemente os eleitores que, por motivos pessoais ou locais, votam em candidatos de outros partidos, enfraquecendo suas próprias legendas e transformando o voto em expressão de interesses particulares e não ideológicos. Ainda mais grave, segundo o autor, são as "barganhas" entre candidatos de partidos adversários, que trocam votos entre suas bases eleitorais — como entre libertadores e trabalhistas —, tornando o eleitor apolítico ou incoerente com sua filiação. Para Pilla, isso representa a degeneração da vida pública em favor de ambições individuais.