Resumo:
Raul Pilla faz uma reflexão crítica sobre a revolução cubana e o regime de Fidel Castro. Inicialmente, o autor expressa admiração pela figura de Castro, especialmente após o discurso que fez ao retornar a Havana, onde afirmava que Cuba havia encontrado o caminho da redenção democrática. No entanto, essa impressão positiva rapidamente se desfez diante da violência e da matança que se seguiram após a revolução. Pilla observa que, embora a revolução tenha sido um movimento de libertação, ela se transformou em mais um exemplo de caudilhismo latino-americano, onde os ciclos de vingança e violência se perpetuam. O autor questiona a justificativa de Castro para os assassinatos, que seriam realizados para dar exemplo a futuros ditadores e para "fazer justiça". Pilla critica a lógica da justiça baseada na vingança e no uso da morte como punição, argumentando que essa abordagem é um péssimo exemplo para futuros governantes e perpetua o ciclo de violência. Ele se opõe veementemente a essa visão de justiça, alinhando-se com uma perspectiva cristã que prega o perdão e a não-violência, defendendo que ninguém tem o direito de matar ou incitar a morte de outros.