Resumo:
Reflete sobre o impacto das campanhas presidenciais no Brasil e em outros países da América Latina, destacando os problemas inerentes ao sistema presidencialista. Pilla cita o discurso de Otávio Mangabeira, que reconhece a importância das campanhas presidenciais, mas alerta sobre as repercussões graves que essas disputas podem ter na vida institucional e política do país. O deputado argumenta que, embora os partidos tenham responsabilidades, a causa central desse problema reside no próprio sistema de governo, ou seja, no presidencialismo. Pilla explica que, ao contrário do que ocorre em sistemas parlamentares, onde o foco é a tarefa de governar, no presidencialismo a disputa se dá pela conquista do poder. Ele critica o caráter pessoal do poder presidencial, considerando que essa luta pelo poder é uma "guerra de conquista". Além disso, observa que, enquanto em outros países como os Estados Unidos as campanhas presidenciais podem ser intensas, elas não possuem as mesmas características violentas ou corruptas que as latino-americanas, embora a luta pelo poder seja igualmente dura, no contexto norte-americano. A principal crítica de Raul Pilla é que o sistema presidencialista é, por natureza, propenso a intensificar os conflitos e criar uma disputa agressiva pelo poder, em vez de ser um sistema voltado para o serviço público. Ele defende uma urgente necessidade de substituição desse sistema, tanto no Brasil quanto na América Latina.