Resumo:
Reflete sobre os eventos históricos do 5 de Julho, que, embora tenham causado grande repercussão, ainda não geraram as consequências esperadas. O primeiro 5 de Julho, em 1922, foi marcado por um protesto armado contra o governo oligárquico no Brasil, que, embora derrotado na época, foi fundamental para a Revolução de 1930. O segundo, em 1924, também resultou em um protesto militar, mas, como o anterior, não conseguiu realizar plenamente os ideais de seus líderes, como o voto secreto, obtido mais tarde pela Revolução de 1932. Pilla questiona se os ideais dos movimentos de 1922 e 1924 realmente foram alcançados com a vitória da Revolução de 1930. Apesar das conquistas, como o voto secreto, a vida pública no Brasil não melhorou e, na realidade, deteriorou-se consideravelmente. O autor aponta que a Revolução falhou em realizar uma reforma política profunda, especialmente no que diz respeito ao presidencialismo, que continuou a concentrar o poder executivo e a gerar demagogia e corrupção. A principal crítica de Pilla é que, embora a Revolução de 1930 tenha sido movida por ideais nobres, a falta de perspectiva e a adesão de elementos inadequados à liderança fizeram com que ela não cumprisse seus objetivos. O autor sugere que, em vez de comemorar apenas as vitórias superficiais, é necessário refletir sobre os erros e a necessidade urgente de uma reforma política mais profunda.