Resumo:
Faz uma análise crítica da atual situação política do Brasil, destacando a regressão e dissolução do "escol dirigente", um termo utilizado para se referir às elites ou líderes preparados que guiam a nação. Pilla argumenta que, embora existam algumas personalidades eminentes, elas são poucas e não formam um grupo coeso que atue como referência na política. Ele aponta que, na falta desse escol, o povo pode votar, mas não tem real influência nas decisões, sendo manipulado por líderes populistas, demagogos que exploram os sentimentos populares. O autor critica a falta de preparação do povo e dos representantes, exemplificando com um erro gramatical de um governador e a defesa de um deputado sobre esse erro, o que revela a falta de educação básica e qualificação dos líderes. Pilla também identifica as causas dessa decadência, começando pela falência do ensino em todos os níveis e a deterioração causada pela ditadura militar, que destruiu o que restava da formação democrática do país. Além disso, critica o restabelecimento do regime democrático sem a devida preparação do povo para usar as ferramentas eleitorais adequadamente. A alternativa que ele sugere seria a adoção do sistema parlamentar, que, segundo ele, educaria politicamente o povo e promoveria mais responsabilidade entre governantes e governados.