Resumo:
Raul Pilla responde a uma notícia publicada pelo Diário do Notícias, que tratava da sugestão do deputado Etelvino Lins de submeter a Emenda Parlamentarista a referendo popular durante a eleição presidencial. Pilla começa esclarecendo que, embora tenha rejeitado a proposta de plebiscito, sua resistência não é ao conceito de plebiscito em si, mas a dois motivos específicos. Primeiro, ele argumenta que a reforma parlamentarista mudaria profundamente o papel da Presidência da República, transformando-a em uma "magistratura". A eleição direta para esse cargo, ao invés de contribuir para o novo regime, resultaria em um chefe de facção, vinculado a grupos políticos específicos, comprometendo a imparcialidade necessária. Pilla sustenta que, para a implantação bem-sucedida do parlamentarismo, seria crucial a escolha de um presidente adequado, o que a proposta de Etelvino comprometeria. Em segundo lugar, Pilla alerta que a realização de um plebiscito durante a eleição presidencial poderia agravar os riscos para o regime, desviando o foco da eleição para uma disputa sobre a reforma, o que só complicaria o processo eleitoral sem resolver o problema. Ele finaliza explicando que, embora aceitaria o plebiscito em outros termos, não considera a sugestão de Etelvino uma solução válida. Pilla também esclarece que não é o proprietário da Emenda, que já pertence à Câmara dos Deputados para discussão.