Resumo:
Denuncia a grave crise econômica e social vivida pelo Brasil, apesar de o país não estar em guerra. Descreve um cenário de escassez de alimentos, racionamento e longas filas para adquirir itens básicos, semelhante ao vivido por nações em conflito. Contudo, o autor destaca que a última guerra real do Brasil foi a do Paraguai, e que, nas grandes guerras mundiais, a participação brasileira foi mínima. Assim, ele questiona como a nação chegou a esse estado de calamidade sem ter enfrentado um conflito armado. Pilla argumenta que a causa fundamental da situação reside no intervencionismo estatal instaurado a partir de 1930. Esse modelo, segundo ele, atribuiu ao Estado poderes excessivos, desorganizando sistemas de transporte e desestimulando a produção nacional. Ele critica duramente esse intervencionismo como um sistema nocivo, especialmente num país de governo irresponsável. A isso soma-se a inflação desenfreada, que ele classifica como loucura governamental. Para Pilla, o verdadeiro conflito que o Brasil enfrenta é interno: trata-se de uma guerra entre um governo irresponsável e uma população indefesa e sofrida. A produção e o trabalho deixaram de ser valorizados, enquanto as negociatas e os privilégios se tornaram norma.