Resumo:
Raul Pilla critica a posição adotada pela União Democrática Nacional (U.D.N.) em relação à emenda parlamentarista. Ele argumenta que essa postura revela a incapacidade do Brasil de se guiar por princípios sólidos e conceitos gerais, essenciais para a orientação política. Observa que, embora o parlamentarismo figure no programa da U.D.N., a mudança de postura da sigla ocorre devido à ascensão de Jânio Quadros, cuja vitória nas eleições parece certa. Em vez de seguir os princípios do parlamentarismo, a U.D.N. abandona suas ideias anteriores em favor do apoio ao candidato presidencial. Pilla expressa sua frustração com essa mudança de postura, especialmente com a atitude de Carlos Lacerda, que em discursos anteriores defendia a reforma parlamentar e agora, devido à perspectiva da eleição de Jânio Quadros, se opõe à sua implementação. Pilla considera a posição do Partido Libertador (P.L.) mais coerente, já que, embora apoie Jânio Quadros dentro do sistema atual, o P.L. mantém o foco na necessidade urgente de uma reforma ampla e profunda que transforme a vida pública brasileira. Para ele, o P.L. é mais fiel aos princípios, ao contrário da U.D.N., que se mostra volúvel e pragmática, trocando seus princípios por uma aposta em um "acidente" político, como a eleição de Jânio Quadros.