Resumo:
Discute a atual crise política do Brasil e as limitações da reforma parlamentarista. O autor acredita que a reforma, mesmo sendo um recurso potencial para a salvação nacional, tem poucas chances de ser aprovada devido aos vetos do Presidente da República e do Ministro da Guerra. Pilla critica a acusação de que a reforma roubaria do povo o direito de escolher o Presidente, argumentando que o verdadeiro problema do sistema atual é a concentração excessiva de poder nas mãos do Presidente, o que submete a população a um governo autoritário e irresponsável. Ele observa que, com o parlamentarismo, o povo não perderia a capacidade de escolha, mas ganharia um governo mais democrático e responsável, em contraste com o sistema presidencialista atual. A alternativa, segundo Pilla, é um regime mais alinhado com a opinião pública e menos suscetível aos desvios de poder. Ele também lamenta o contexto político que impede a reforma, mas se mostra favorável à candidatura de Jânio Quadros como uma última esperança para reverter a situação caótica. Pilla afirma que, se a reforma fosse implementada, o Brasil experimentaria uma "redenção política", libertando-se da corrupção e da irresponsabilidade do governo. Para ele, a reforma parlamentarista não seria um esbulho, mas uma verdadeira solução para os problemas do país.