Resumo:
Faz uma análise crítica da política brasileira e do cenário eleitoral da época. Pilla inicia a entrevista mencionando a ausência de propostas claras para a criação de uma "união nacional", e critica o sistema político vigente, que considera responsável pela divisão dentro dos grandes partidos, como a União Democrática Nacional (UDN). Para Pilla, o sistema de governo não visa à construção de um governo eficaz, mas à disputa pelo poder pessoal, o que enfraquece a coesão partidária. Ele também refuta a ideia de uma "união nacional" em torno de figuras como o Governador Juraci Magalhães, argumentando que tal união perpetuaria o status quo. Para Pilla, a verdadeira união nacional deve ser voltada para a realização de uma grande reforma política no Brasil. Ele aponta a candidatura de Jânio Quadros como uma manifestação desse desejo de renovação, que ele considera essencial para o país. Pilla defende, ainda, a aprovação da emenda parlamentarista, que deveria ser discutida na Câmara Federal, como um passo importante para transformar a vida política brasileira. Ele acredita que esta emenda representa uma oportunidade para estabilizar a democracia, sem desmerecer os candidatos em campo, e propõe que a verdadeira união nacional seja construída em torno dessa reforma. Para ele, qualquer outra forma de união, sem essa renovação, seria absurda.