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Ainda a Denúncia do Cardeal (1958-12-18)

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dc.contributor.author Corção, Gustavo
dc.date.accessioned 2024-08-12T14:58:20Z
dc.date.available 2024-08-12T14:58:20Z
dc.date.issued 1958-12-18
dc.identifier.uri http://hdl.handle.net/20.500.11959/5671
dc.description.abstract Analisa a reação exagerada e hipócrita dos políticos brasileiros frente às declarações do cardeal D. Jaime Câmara, que havia denunciado a corrupção moral e administrativa no país. D. Jaime mencionou o caso de um deputado desonesto, não como o foco principal de sua palestra, mas como uma ilustração do problema mais amplo da falta de espírito público e colaboração entre os governantes. Observa que a crise moral no Brasil é amplamente reconhecida por diversos setores da sociedade, incluindo a imprensa, a oposição política e até mesmo em sermões religiosos. No entanto, quando o cardeal faz sua denúncia, os políticos reagem como se estivessem diante de uma revelação inédita e escandalosa, fingindo surpresa e indignação. Ironiza essa reação, retratando-a como uma peça teatral, onde os deputados e senadores, supostamente chocados, exigem que o nome do parlamentar corrupto seja revelado, como se fosse um fato isolado e não um reflexo de uma crise generalizada. Satiriza o discurso do senador Vitorino Freire, que expressa espanto com a ideia de um ladrão no Congresso, como se tal coisa fosse inconcebível. Conclui que essa reação desmedida revela mais sobre a complacência e a desonestidade generalizada dos políticos do que sobre a gravidade da denúncia em si, destacando a banalidade da corrupção no cenário político brasileiro. pt_BR
dc.publisher Correio do Povo pt_BR
dc.subject Corrupção; Hipocrisia; Crise moral; Denúncia; Correio do Povo pt_BR
dc.title Ainda a Denúncia do Cardeal (1958-12-18) pt_BR
dc.type Other pt_BR


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