Resumo:
Discute a questão do militarismo e a presença excessiva dos militares em cargos públicos e administrativos. Esclarece que não é anti-militarista, ou seja, não nutre preconceitos contra os militares como indivíduos, mas critica o militarismo, que é a infiltração de princípios militares na administração pública e na política, conferindo privilégios indevidos à classe militar. Argumenta que o militarismo cria uma casta privilegiada e promove injustiças, como a atribuição de cargos importantes a militares por motivos políticos, em vez de mérito civil. Critica a prática de colocar oficiais em cargos civis importantes, como na Petrobras ou na Polícia, o que distorce a administração pública e promove uma hipertrofia do poder militar. Também aponta que a presença militar em cargos civis está ligada a uma política de segurança nacional que se torna uma lei máxima, ameaçando os princípios democráticos e civis. Destaca que o militarismo, ao submeter todas as esferas da vida pública e privada ao critério da segurança nacional, pode levar a uma forma de controle totalitário. Por fim, alerta para o perigo de um militarismo desenfreado e a necessidade de resistência para manter os princípios da democracia e do governo civil, antes que o militarismo se expanda para todos os aspectos da vida social e política.