Resumen:
Critica a política de desenvolvimento promovida pelo presidente Juscelino Kubitschek em relação ao Nordeste do Brasil. Expressa uma visão de desencanto e ironia sobre as ações e promessas do governo, especialmente a chamada "Operação Nordeste". A situação do Nordeste, marcada por seca e dificuldades persistentes, é exacerbada por uma sensação de desespero coletiva, levando os governadores da região a aceitarem propostas que, na visão do autor, parecem inúteis ou inadequadas. Ironiza a proposta de industrialização do Nordeste como um "plano glorioso" que, em vez de resolver problemas imediatos, ignora a realidade presente. Critica a ênfase do governo no desenvolvimento futuro e na criação de grandes projetos, como a construção de Brasília e estradas, que considera irrelevantes para as necessidades urgentes da população nordestina. Na sua opinião, o governo está mais preocupado em criar uma imagem de progresso a longo prazo, enquanto negligencia a gestão eficaz dos problemas atuais. Também comenta sobre a alta inflação e o aumento vertiginoso dos preços, que tornam a vida ainda mais difícil para as pessoas comuns. Vê a insistência de Juscelino na industrialização como uma solução simplista para problemas complexos e critica a falta de um foco no presente imediato. O texto reflete uma frustração com as políticas governamentais e a falta de uma resposta adequada às necessidades urgentes do Nordeste.