Resumo:
Critica duramente a situação política e cultural do Brasil em 1959, usando como exemplo um discurso do vereador integralista Benedito Inácio Maria na Câmara Municipal do Distrito Federal, proferido na véspera do Dia das Mães. O discurso, repleto de clichês e exageros retóricos, é descrito como uma "página de ouro", destacando a importância das mães de forma superficial e sentimentalista. Ironiza a situação, questionando o valor real desse tipo de manifestação política e sugerindo que ela representa um desperdício de recursos públicos. Além disso, compara o discurso do vereador com a construção de Brasília pelo então presidente Juscelino Kubitschek, que ele também critica como uma "joia" propagandeada de maneira desmedida. Argumenta que esses exemplos são sintomáticos do subdesenvolvimento do país, que, segundo ele, não é apenas econômico, mas principalmente cultural e intelectual. Para Corção, a falta de inteligência dos dirigentes é um problema mais grave que a corrupção, pois impede o verdadeiro progresso do país. Expressa pessimismo em relação ao futuro do Brasil, temendo que a nação esteja em um caminho de declínio irreversível, alimentado pela mediocridade dos seus líderes e pela passividade da população.